Nótícia

CNCS realiza oficina de trabalho denominada “porque parou”

21 de Julho de 2022

O Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), e parceiros da Resposta Nacional, realizaram esta quarta-feira, 20/07, na Cidade de Maputo, uma oficina de trabalho no âmbito do estudo “Porque parou” que aborda um conjunto de aspectos que impedem as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) de permanecerem no tratamento antirretroviral.

Segundo Ema Chuva, coordenadora da Unidade de Planificação, Monitoria e Avaliação do CNCS, pretende-se com a oficina, socializar o estudo e elaborar um plano de acção para reverter o actual nível de retenção aos cuidados e tratamento antirretroviral em toda cadeia de serviços, abordando as barreiras sociais, económicas, antropológicas e culturais que levam ao abandono do tratamento das PVHIV.

Prosseguido, a coordenadora fez saber que há necessidade de se disseminar os resultados do estudo e iniciar a elaboração de um plano de acção multissectorial para melhorar a retenção aos cuidados e tratamento das pessoas vivendo com o HIV.

Ema Chuva explicou que foram criados dois grupos de trabalho. Um grupo temático e um grupo para compilação do documento. O grupo temático de trabalhos foi subdividido em vários subgrupos formados de acordo com a tipicidade dos assuntos debatidos e de acordo com a vocação da instituição que o participante representa. 

“Este grupo vai discutir e responder as recomendações que constam do estudo e propor intervenções especificas para suprir as barreiras e lacunas identificadas no mesmo. O segundo grupo, de compilação do documento, com o apoio de um facilitador irá se dedicar na composição do plano de acção”, detalhou Ema Chuva.

Por sua vez, a pesquisadora do estudo, Marion dos Santos, disse que o estudo realizado em Fevereiro deste ano, apresenta resultados sobre o processo nas unidades sanitárias, revelação do resultado, processo de seguimento e busca, compressão da doença e tratamento, factores externos para a retenção, factores externos e reacções individuais. 

A pesquisadora sugere que para promover a resiliência entre as PVHIV, são necessárias intervenções que abordem simultaneamente factores-chave tanto a nível social e interpessoal como a nível individual com especial atenção à forma como as questões de género moldam o estigma em cada um destes níveis. 

Refira-se que Moçambique, de acordo com o IMASIDA 2015, tem uma taxa de prevalência de HIV de cerca de 13,2% 1, estando entre os 5 países do mundo com números mais elevados de novas infecções. Actualmente, o país conta com uma população vivendo com HIV de cerca 2.100.000 pessoas, sendo a maioria destas mulheres e cerca de 130.000 crianças com menos de 15 anos (spectrum 2021).

Apesar dos dados acima, Moçambique tem vindo a registar progressos significativos no que concerne a cobertura para a oferta do tratamento antirretroviral, que se situa por volta de 97% para um universo de 1.771 unidades sanitárias.

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