A Ministra do Género Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, considera que o estigma, a descriminação, entre outras desigualdades sociais, contribuem para o aumento dos casos positivos de HIV e SIDA no Mundo e no País em particular.
A Ministra falava na manhã desta quarta-feira (01/12) na Cidade de Inhambane, durante as cerimónias centrais do Primeiro de Dezembro, Dia Mundial da Luta contra o SIDA e Lançamento do Dezembro Vermelho , que este ano se comemora sob o lema: “Acabar com as desigualdades. Acabar com o SIDA. Acabar com as pandemias.”
Na ocasião, Nyeleti Mondlane, Ministra do Género Criança e Acção Social, afirmou que para o alcance do objectivo global, de erradicar o SIDA no mundo até 2030, urge a necessidade de acabar-se com as desigualdades económicas, sociais, culturais e legais, visto que condicionam em grande medida, na implementação de soluções comprovadas para o combate, prevenção e tratamento do HIV.
Nyeleti Mondlane, avançou ainda que o País, têm em manga, um novo Plano Estratégico Nacional de resposta ao HIV e SIDA, com vista a reduzir as novas infeções pela doença e mortes relacionadas ao SIDA, abordando as desigualdades que impulsionam a epidemia e eliminando o estigma e a descriminação em pessoas portadoras da doença.
Ainda neste contexto, a Ministra do Género Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, mostrou-se satisfeita com o alargamento da rede sanitária, o aumento e a disponibilidade de serviços de tratamento antiretroviral em quase todas unidades sanitárias da Província, entre outras medidas tomadas, com vista a eliminação do vírus no País.
Por seu turno, o Secretário Executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), Francisco Mbofana, entende que assim como as pandemias a relação entre HIV e a desigualdade é próxima e muito forte. “A primeira não pode ser combatida sem combater a segunda. Ou seja, para combater o HIV temos que combater as desigualdades.
Mbofana defendeu ainda que nem todos moçambicanos tem o mesmo risco ao HIV e nem todos tem o mesmo acesso aos serviços de HIV para podermos controlar a epidemia, daí ser importante acabar com as desigualdades.
O dirigente afirmou que o compromisso da instituição que dirige, é de trabalhar com a província, para assegurar que seja a primeira a alcançar o controlo da epidemia antes de 2030.
Já Ludmila Maguni, Secretária de Estado na Província de Inhambane, referiu que a Província de Inhambane, continua preocupada com os jovens adolescentes em particular as mulheres, que são mais vulneráveis à infecção pelo HIV, daí que é necessário redobrar esforços por forma a garantir uma comunicação adequada e holística, abordando todos os factores que contribuem para a sua vulnerabilidade, sem colocar de lado os factores culturais, que jogam um papel preponderante.
Maguni, avançou ainda que das 125.000 Pessoas Vivendo com o HIV em Inhambane, 90.640 estão em tratamento correspondentes a 72.5%, sendo que, 84.831 são pacientes com mais de 15 anos de idade e 5.809 de 0-14 anos de idade.
A Governante acredita, que estes números são fruto da oferta de dispensa trimestral de antiretrovirais em 142 unidades sanitárias, das 143 existentes, e consequente melhoria na adesão dos pacientes.