No âmbito da Resposta Global ao HIV e SIDA, o Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), em coordenação com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e SIDA (ONUSIDA), realizou no passado dia 25 de Abril, um encontro de auscultação para a elaboração da Estratégia Global do HIV e SIDA 2026-2031.
O encontro teve como objectivo identificar as principais acções a serem incorporadas na nova Estratégia Global, com vista a acabar com o SIDA como ameaça à saúde pública até 2030. O evento também visou produzir um conjunto de orientações sobre as prioridades nacionais que irão alimentar a futura Estratégia Nacional 2026-2030.
Fizeram parte do encontro representantes dos sectores públicos, organizações da sociedade civil e parceiros nacionais e internacionais, totalizando 50 participantes.
Falando na sessão de abertura, o Secretário Executivo do CNCS, Senhor Francisco Mbofana, destacou que o encontro decorre num contexto de mudanças no ambiente fiscal global, com implicações directas no financiamento da resposta ao HIV e SIDA no país. Ressaltou, por isso, a necessidade de identificar intervenções estruturantes que possam gerar grande impacto na resposta e cujos custos sejam sustentáveis para a sua implementação.
Ainda na sua intervenção, o Secretário Executivo sublinhou que o exercício de planificação da nova estratégia global representa uma grande oportunidade para definir as áreas prioritárias que irão compor o próximo Plano Estratégico Nacional (PEN VI).
Por sua vez, o Diretor da ONUSIDA em Moçambique, Senhor Philippe Degernier, dirigindo- se aos participantes, reforçou que a elaboração da nova Estratégia Global integra um conjunto de acções que visam acabar com o HIV como preocupação de saúde pública até 2030. Enfatizou, igualmente, que as pessoas e as comunidades são o epicentro da resposta, pelo que as intervenções identificadas devem envolver diretamente aqueles mais afetados pela epidemia do HIV e SIDA.
Intervindo em representação do Programa de ITS, HIV e SIDA do Ministério da Saúde (MISAU), Senhor Irénio Gaspar sublinhou, face à conjuntura financeira global, a necessidade de se "pensar fora da caixa" para identificar intervenções inovadoras e sustentáveis que permitam alcançar as metas globais e nacionais da resposta, com atenção especial as populações-chave.
Após a consulta de nível central, o país realizará também seis sessões de consulta em seis províncias, como parte do processo de auscultação para a definição de prioridades da nova Estratégia Global do HIV e SIDA.