O Secretariado-executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA (SE-CNCS),
sociedade civil e parceiros de cooperação estão reunidos em Macaneta, província de Maputo,
para juntos harmonizarem os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) para as
populações-chave.
Trata-se de um exercício que visa actualizar as intervenções de gestão, comportamentais,
biomédicas e estruturais para estarem alinhadas ao quinto Plano Estratégico Nacional de
Combate ao HIV e SIDA; as novas directrizes da Organização Mundial da Saúde, assim
como a diretriz de serviços amigáveis para as populações-chave do Ministério da Saúde.
“A realização deste workshop é um momento oportuno para uma introspeção colectiva sobre
o papel de cada um de nós na protecção, promoção e acesso aos serviços para as populações-
chave, com vista à redução do estigma e discriminação que afectam este grupo populacional”,
disse Idalina Libombo, secretária executiva adjunta do CNCS.
Falando esta manhã, na sessão de abertura, Libombo explicou que apesar do INSIDA (2021)
mostrar uma ligeira redução da prevalência do HIV de 13,2% em 2015 para 12,4 em 2021, a
epidemia do HIV afecta de forma desproporcional a certos grupos populacionais, sendo as
populações-chave um dos mais afectados.
Por isso, afirmou que o PEN V (2021-2025), documento orientador de todas as acções que
norteiam a resposta multissectorial visando a disponibilização de serviços de prevenção,
tratamento e mitigação do impacto do HIV a toda população moçambicana, tem seu foco nas
populações-chave e vulneráveis.
O evento, de dois dias, espera-se sair com um documento que contribua ainda mais para o
desenvolvimento, implementação e monitoria das intervenções, baseadas em evidência e
direitos humanos para a garantia de serviços cada vez mais acessíveis e amigáveis as
populações-chave.