O Ministério da Saúde (MISAU) procedeu sexta-feira, 10 de Julho, ao lançamento da Campanha de Comunicação “Indetectável é Igual Intransmissível (I=I)”, que visa difundir a mensagem de que quando uma pessoa que vive com HIV faz tratamento e atinge a carga viral indetectável, a chance de transmitir o vírus, por via sexual, para outra pessoa que não tem HIV é zero.
Esta campanha pretende transmitir a mensagem de que pessoas que vivem com HIV podem viver saudáveis quanto as pessoas que não tem HIV e que o tratamento antirretroviral permite a pessoa que vive com HIV recuperar a sua carga viral, ao ponto de ser indetectável no teste.
Falando no lançamento da campanha, Sua Excelência Ministro da Saúde, e Vice-presidente do CNCS, Prof. Doutor Armindo Tiago, disse que o conceito de que alguém vivendo com HIV que está em tratamento e com supressão viral, não pode transmitir o vírus para um parceiro sexual é um avanço extraordinário na resposta global a epidemia do HIV.
“Este avanço só pode produzir benefícios individuais e colectivos se todos e em particular as pessoas vivendo com HIV tiverem a consciência disso e fizerem a sua parte” disse Tiago.
Com o lançamento da campanha, segundo Sua Excelência Ministro da Saúde, espera-se aumentar a demanda para os serviços de testagem para o HIV, o tratamento antirretroviral incluindo o início imediato do tratamento e melhorar o acesso universal e a adesão aos serviços de HIV.
Por sua vez, o Secretário Executivo do CNCS, Francisco Mbofana, salientou que estudos feitos mostram que “os indivíduos que tomam a medicação, como indicado pelos professionais de saúde, tem ganhos individuais e colectivos”. Aliás, Mbofana explicou haver evidências de que comunidades onde há indivíduos infectados e com cargas virais indectáveis, a transmissão reduz de forma substancial.
Para o dirigente, há necessidade de assegurar que todos os indivíduos conheçam seu seroestado “e que sejam ajudados a alcançar a supressão viral”. No seu entender, “sem isto, não podemos aproveitar o pontecial que o tratamento tem”.
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Importa referir, que com esta campanha, espera-se reduzir o estigma em relação às pessoas vivendo com HIV e consequentemente aumentar a auto estima das pessoas que vivem com o HIV.