Moçambique recebeu do Fundo Global (FG) mais de 730 milhões de dólares (46,7 mil milhões de meticais) para programas de prevenção e combate à malária, tuberculose e HIV e SIDA, três problemas com maior peso na saúde pública no país.
O valor foi alocado ao Ministério da Saúde à Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), à Visão Mundial (VM) e ao Centro de Colaboração em Saúde (CCS) para um período de três anos (2021-2023).
O presidente em exercício do Mecanismo de Coordenação do País do Fundo Global (MCP), Francisco Mbofana, referiu que Moçambique é o segundo país, depois da Nigéria, dos 100 seleccionados, que mais financiamento recebeu desta organização internacional.
Explicou que tal se deve, em parte, ao reconhecimento de que a malária, o HIV e SIDA e a TB continuam um desafio importante no contexto nacional.
Falando semana passada numa sessão de partilha de informação sobre o FG e MCP com profissionais de comunicação social, Mbofana explicou que este financiamento, entre outros que o país tem vindo a receber dos parceiros, visa garantir o alcance da meta dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de eliminar estas três enfermidades como ameaça a saúde pública até 2030.
Mbofana disse que Moçambique está num bom caminho no combate a estas doenças pois tem clareza dos principais desafios e possíveis soluções para ultrapassá-los.
Avançou que há necessidade de mobilização geral para que cada um contribua com o seu saber e capacidade para o alcance dos objectivos traçados, uma vez que estas doenças, para além da componente de saúde, estão associadas a questões sociais e culturais que precisam de ser levadas em consideração.
“Se cada um de nós contribuir podemos alcançar os ODS até 2030”, disse, acrescentando que no que diz respeito ao HIV e SIDA, por exemplo, houve progressos importantes, com 84 por cento das pessoas infectadas a conhecer o seu seroestado, dos quais 75 por cento estão em tratamento anti-retroviral e 66 atingiram a supressão viral.
A anúncio dos fundos é feito num contexto em que, segundo Mbofana, o FG preparar-se para mobilizar fundos, numa reunião a ter lugar este ano nos Estados Unidos, para apoiar os países na luta contra a malária, TB, HIV e SIDA.
“O Fundo Global mobiliza dinheiro usado de forma estratégica para pro- duzir resultados. Por exemplo, em cada 100 milhões de dólares espera-se evitar 2,5 milhões de novas infecções nestas três doenças”, sustentou o presidente em exercício do MCP, realçando os resultados alcançados na luta contra estas doenças.